segunda-feira, 16 de março de 2009


































Algumas das árvores do jardim do Memorial.


Kit "boas vindas", continha pão com frios.


Máquina utilizada no registro de hospedagem dos imigrantes.


Cadeira de dentista.


Equipamento utilizado na transmissão de filmes.




Alguns documentos de imigrantes que passaram pela hospedaria.

Menino jornaleiro.



Barbearia.



Réplica de uma farmácia da época.






O Brasil de todas as Nações, uma homenagem a todos que participaram da história desse país.




Após a chegada os imigarntes recebiam comida, passavam por consulta médica, tomavam banho, cortavam os cabelos e eram vacinados.

Estação de chegada a Hospedaria. Atenção ao relógio.


Maria Fumaça. Os imigrantes eram trazidos do Porto de Santos até a hospedaria de trem.
Os visitantes podem passear nesse trem.


Bonde utilizado como meio de transporte nauqela época.

Até pouco tempo atrás era possível dar uma volta em torno do Memorial nesse bonde, porém esse passeio foi suspenso pela prefeitura.

Eu, Elisabete e Priscila, escolhemos o Memorial do Imigrante para trabalharmos a Interdisciplinaridade, por ser um local que oferece um riquíssimo conteúdo que pode ser trabalhado em todas as matérias com crianças de todas as idades, sem contar que também é um local muito agradável para passear com a família.
No Memorial conhecemos um pouco da história da imigração que ocorreu no final do séc. XIX e que ajudou a construir nossa cidade. Com o fim da escravidão, muitos imigrantes vieram para o Brasil trabalhar na plantação de café, o governo de países como Japão e Itália faziam grandes propagandas convidando a população a vir para o Brasil para trabalhar, garantiam-lhes o emprego e moradia fazendo com que muitas famílias saíssem de seu país em busca de uma nova vida.
No Memorial fazemos uma “Viagem ao Tempo” e podemos vivenciar a história de uma maneira muito real. Podemos simular uma viagem de navio, vemos as malas de alguns imigrantes, temos acesso à documentos e fotos, podemos pesquisar se algum de nossos parentes passou pela hospedaria etc. E tudo isso em uma arquitetura maravilhosa com ambiente agradável e um belo jardim onde muitos imigrantes plantaram árvores típicas de seu país, essas árvores são preservadas até hoje em homenagem a esses que muito ajudaram para o desenvolvimento de nossa cidade.

sábado, 7 de março de 2009


Memorial do Imigrante

A Hospedaria de Imigrantes, onde hoje funciona o Memorial do Imigrante, era um enorme conjunto de prédios destinado a abrigar os recém–chegados nos seus primeiros dias em São Paulo.
Após a cansativa viagem, os imigrantes ficavam na Hospedaria por até oito dias. Em geral esse prazo era suficiente para que acertassem os seus contratos de trabalho. Nesse período utilizavam gratuitamente todos os serviços disponíveis. Lá eles dormiam, faziam as suas refeições, recebiam atendimento médico e conseguiam seus empregos.
Ao longo da sua existência, a Hospedaria passou por algumas reformas que desfiguraram seu aspecto original. A principal delas ocorreu na década de 1930, quando a fachada do edifício principal assumiu feições neoclássicas.
A princípio, as péssimas condições da hospedaria situada no bairro do Bom Retiro e o crescimento do fluxo imigratório, levaram a Assembléia Provincial, em 1885, a votar lei (n. 56, de 21 de março) autorizando o governo a construir um prédio para a alojamento de imigrantes.
Assumindo o governo da então província de São Paulo, Antonio Queiroz Telles, na época Barão de Parnaíba, escolhe um terreno nas imediações das Estradas de Ferro do Norte e da São Paulo Railway. Em julho de 1886, deu-se início à construção da Hospedaria de Imigrantes do Brás.
O prédio foi construído em forma de "E", com projeto arquitetônico de Antonio Martins Haussler, tendo capacidade para comportar mais de mil imigrantes.
A fachada do prédio, de arquitetura eclética (construção que mistura estilos arquitetônicos e decorativos diversos), tem traços predominantes da arquitetura neoclássica (construções à moda das construções em estilo clássico romano e grego).
As traços do estilo neoclássico aparecem no emprego dos seguintes elementos, os mais evidentes:
os arcos romanos
arcadas romanas
as colunas
frontão encimando a fachada
cornijas (molduras que formam saliências na parte superior de parede, porta)
parede com saliência com feitio de almofada
O uso do ferro fundido nos parapeitos do corredor no fundo do prédio central e em estrutura ornamentada, como na estação do ramal ferroviário da Hospedaria, caracterizam esta mistura de estilos, própria do Ecletismo.

Cronologia

1886 Início da construção, concluída em 1888.


1887 Ainda inacabada, recebe os primeiros imigrantes.

1892 É vinculada à recém–criada Secretaria da Agricultura, Viação e Obras Públicas.

1905 É instituído o Departamento de Terras, Colonização e Imigração (DTCI), que passa a administrar a Hospedaria.

1911 O Departamento Estadual do Trabalho assume a administração.

1924 Algumas dependências servem de presídio político, sob controle da Secretaria de Segurança Pública.

1929 Aloja desabrigados da maior enchente da cidade.

1932 Ocupada pela Força Pública, é utilizada como prisão para os getulistas.

1936 Início da primeira grande reforma dos edifícios. A fachada do prédio principal assume feições neoclássicas.

1939 O DTCI é convertido em Serviço de Imigração e Colonização.

1943 Com o Brasil presente na II Guerra Mundial, o DOPS deixa sob guarda, na Hospedaria, alguns imigrantes japoneses e alemães. Ainda naquele ano era instalada a Escola Técnica de Aviação, que ali permaneceria até 1951. Os anos 50 testemunham novas obras nos edifícios.

1967 Com a criação da Secretaria da Promoção Social, a Hospedaria recebe o nome de Departamento de Migrantes, ligado àquele órgão. Mais tarde funcionará conjuntamente com o Serviço de Imigrantes Estrangeiros.

1978 A Hospedaria recebe o último grupo de imigrantes. A administração do prédio passa para o Departamento de Amparo e Integração Social (DAIS), vinculado à Secretaria da Promoção Social.

1982 O conjunto arquitetônico é tombado pelo CONDEPHAAT.

1986 É criado o Centro Histórico do Imigrante, vinculado à Secretaria da Promoção Social.

1993 Assinatura do decreto de criação do Museu da Imigração que, subordinado à Secretaria de Estado da Cultura, passa a administrar o Centro Histórico do Imigrante.

1998 É criado o Memorial do Imigrante.


O Memorial do Imigrante ocupa apenas uma parte do complexo da antiga Hospedaria de Imigrantes que, construída entre 1886 e 1888, é um dos poucos edifícios centenários da cidade de São Paulo. O conjunto arquitetônico, sob a responsabilidade do Memorial, inclui parte do prédio central da antiga hospedaria, jardins, estação e ramal ferroviários, onde os imigrantes desembarcavam na sua chegada à cidade. Tombado pelo CONDEPHAAT, em 1982, o edifício e seus anexos se constitui em importante patrimônio histórico-cultural da cidade e do Estado de São Paulo.


Política Museológica

O Memorial do Imigrante não pretende reunir em suas dependências todo acervo testemunho da história da Imigração. Sua atribuição principal é a pesquisa, coleta, documentação, preservação e divulgação do acervo documental de Estado, produzido pelos órgãos públicos em função da administração pública de Imigração.
O Memorial do Imigrante, como instituição museológica, desenvolve projetos de apoio às comunidades de imigrantes estimulando, principalmente, uma consciência de preservação e divulgação dos testemunhos de suas culturas e a organização de seus museus e centros de memória.

O Memorial do Imigrante possui, praticamente, todos os registros das pessoas que passaram pela antiga Hospedaria. São Listas de Bordo dos navios que atracaram em Santos trazendo imigrantes, Livros de Registros da Hospedaria dos imigrantes patrocinados, além de cartas de chamada (aonde um imigrante já instalado assumia as despesas e responsabilidades pela vinda de conhecidos e parentes), processos de núcleos coloniais, documentos pessoais doados por alguns imigrantes ou seus descendentes, cerca de 3.000 fotografias e igual número de livros e revistas.


Para saber mais visite os sites: